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A Bruxa e a Escolhida

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A Bruxa e a Escolhida

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A imagem é baseada no conto abaixo:


Finalmente, o intrépido grupo de heróis adentrou a temível Citadela.

Enquanto parte enfrentava a horda de monstros a Escolhida e o Feiticeiro Balmus subiram até a Torre Negra. Onde estava ela.

A Bruxa das Trevas!

Balmus invadiu o aposento:

— Prepare-se para seu fim! — gritou.

A bruxa gargalhou.

— Pobres tolos, vocês jamais irão de me... Ué? Mona?!

— Eita! — exclamou a Escolhida. — Lily?!

— Vocês se conhecem?! — Balmus mirou a garota.

— Sim, nós eramos melhores amigas no colégio.

A Bruxa se aproximou.

— Menina, me dá um abraço! Há quanto tempo!

— Ô, lindona, que saudade! — As duas se uniram carinhosamente.

— Como você tá? — perguntou a Bruxa.

— Pô, tô bem. Enfrentando seus monstros, vivendo aventuras...

— Tô vendo, que legal! Tá aí toda poderosa de armadura! Tá lindona!

— Ah, hahaha! — A Escolhida corou. — Mas e você? Virou empreendedora?

— Pois é, eu sempre quis ter meu reino, então corri atrás.

— Cara, que legal! Tô mó orgulhosa! — A Escolhida sorriu, radiante.

— Ah, deixa eu te mostrar no que eu tô treinando agora!

Balmus, chocado, exclamou:

— Você deveria destruir a Bruxa, não se unir a ela!

Mas as duas amigas nem lhe deram bola.


Todos os heróis se encontravam na Torre Negra, cercando a Bruxa das Trevas.

Aranir mantinha o seu arco élfico pronto para atirar; Aerin, a elfa negra, brilhava as mãos com feitiços; a montante de Garnius reluzia afiada diante dele; Balmus, o mago, segurava o cajado com firmeza e Ramona, a Escolhida, erguia as mãos.

— Galera, calma, eu conheço ela! É minha amiga de infância, Lily!

— Vocês são amigas?! — exclamou Garnius, incrédulo.

— O nome dela é LILY?! — Aerin estranhou.

— Fofinho, né? — Ramona sorriu e então mirou a amiga. — Tá, vai, me conta aí o rolê, Lilinha. Em que momento você decidiu dominar o mundo?

— Eu não quero dominar o mundo.

— Uai, como não! Você não mandou vários monstros atacarem Varderoth?

— Sim, mas depois que EU fui atacada! — Defendeu-se a Bruxa. — Eu estava aqui de boas quando chegaram tropas invadindo as terras dos anfibianos!

Balmus franziu suas grossas sobrancelhas e exclamou:

— Sim! Porque o lugar daquelas criaturas vis é sob a lama! Enterrados bem fundo!

— Seus soldados chegaram destruindo aldeias, seu velho louco! — A Bruxa ergueu a voz.

— Eles vivem nos pântanos!

— E desde quando isso é atestado de caráter?! Vocês por acaso foram atacados por algum deles quando chegaram aqui?

Houve um longo silêncio no qual os cinco heróis se entreolharam.

— Eles são malignos! — Balmus insistiu. — São servos a serviço do mal!

— Não, seu doido, eles são criaturas de boas, vivendo pacificamente!

— VOCÊ é maligna! Você enviou ogros, orcs e zumbis contra nós!

— É claro, né! Eu estava me defendendo de VOCÊS! Vocês vieram aqui me MATAR!

Ramona meneou a cabeça e pôs as mãos na cintura.

— É... a moça do decote generoso tem um argumento. A gente não foi atacado por nenhum anfibiano e até onde eu sei, Balmus, VOCÊ foi quem disse que ela começou a guerra.

O mago suou frio.

— A Bruxa está controlando a Escolhida! — exclamou ele apontando para a garota.

Garnius, Faranis e Aerin se entreolharam, os rostos franzidos em ceticismo. Aranir disse:

— O marketing da moça realmente dá uma enganada, mas tô começando a achar que ela tem razão.

— É, Balmus — disse Ramona sacando sua espada. — Acho que o maligno aqui é você.

O velho mago engoliu em seco quando todos se voltaram para ele.


Desde que a Bruxa das Trevas assumiu as Terras Sombrias, o reino de Varderoth entrou em alerta. Balmus, o mago, temeroso de um ataque, aconselhou o rei a agir primeiro e, em paralelo, saiu em busca da Escolhida, uma profetizada garota capaz de erguer a Espada Esmeralda e acabar com as trevas de uma vez por todas. 

Junto com um intrépido grupo de heróis, Balmus e a Escolhida entraram nas Terras Sombrias, invadiram a Torre Negra, encontraram a Bruxa e...

...descobriram que de maligna ela não tinha é nada.

— É, Balmus — disse a Escolhida apontando sua espada na direção do mago —, eu nunca fui muito com a tua cara, para ser sincera. Sempre vindo com esse papo alarmista sobre as 'forças do mal', sempre pondo medo na galera...

— E ainda me atacando sem nem mesmo tentar antes um diálogo diplomático! — finalizou a Bruxa.

Ao redor de Balmus, os heróis Garnius, Faranis e Aerin o cercavam, prontos para um combate.

— Tolos! Todos vocês!" vociferou o mago. "A Bruxa dominou suas mentes com seu poder!

Mas a Escolhida o ignorou.

— Lily, prende esse louco que eu vou conversar com o general das tropas de Varderoth. Se houver uma invasão, vai rolar uma guerra e gente à beça vai morrer.

Balmus torceu o rosto, gritou uma palavra mágica, bateu o cajado no chão e desapareceu em uma nuvem de fumaça.

— Rápido, ele não pode ter ido longe! — disse Faranis liderando a corrida em direção às escadas.

Todos desceram a torre até o pátio central, porém imediatamente se viram cercados por uma tropa de soldados de luz.

— Usarei toda a minha magia para derrotá-los! — gritou Balmus apoiado no cajado como se fosse desmaiar.

Os soldados avançaram. Faranis lançou suas flechas élficas; Aerin, seus feitiços; Garnius e Mona brandiram suas espadas e a Bruxa invocou seu próprio contigente das trevas em uma batalha feroz. Embora Balmus fosse poderoso, manter a magia estava cobrando seu preço. Aos heróis coube estender a luta até esgotar o mago.

Por fim ele desabou no piso, de onde nunca mais se levantou.

Lily e Mona se aproximaram uma da outra. A Bruxa mirou a Escolhida:

— Obrigada por acreditar em mim e ficar do meu lado.

— Lily, você sempre foi minha melhor amiga — respondeu Mona carinhosamente.

As duas sorriram e deram as mãos.


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